segunda-feira, 13 de agosto de 2018


VIII – Pedro Leopoldo
1955

A Miopia do Desanimo
Desejamos a todos a paz e os bens de Deus, estendendo-os muito especialmente ao âmbito do coração.
Não nos sintamos aniquilados, no turbilhão de amarguras maternais.
Conhecemos, de sobra, todo o mapa de obrigações cristãs, dispensando conselhos, mas é sempre doce a possibilidade de permutar os pensamentos de energia, conforto e consolação.
O desanimo nas supostas derrotas impede a visão da vitória real.
Aí no mundo, tudo é ilusório demais, para que nos percamos em ilusões destruidoras.

Material de Construção
O sofrimento é bom como o material que se edifica uma casa. É preciso não despreza-lo, com o recolhimento do coração, em sombras frias.
Tenhamos força e atiremo-nos à obra. As angustias de mãe não se extinguem com o corpo.
Ver um filho partir ao chamado da Providencia não é infortúnio irremediável. Concordamos em que a separação é amarga sempre, todavia, não se deve esquecer as finalidades e os objetivos.
Devemos alcançar esta compreensão e colocar a vontade de Deus em plano superior aos nossos caprichos próprios.

Estejamos Atentos
Estejamos atentos naquilo que o Pai Celestial reclama de nossos corações. Deus é, sobretudo o Pai que conhece as nossas necessidades mais íntimas. Mais tarde haveremos de penetrar os meandros do romance das vidas passadas e então as mágoas de agora nos parecerão minúsculas, em face aos nossos débitos.
Resgata-los, a pouco e pouco, deve constituir para nós uma alegria suprema. Nossos livros espirituais andam manchados com dúvidas escabrosas.
Não será razoável que lavemos suas folhas com as nossas lágrimas? Entretanto, não é justo que essas lágrimas se transformem em forças destrutivas.

A Água Renovada do Espírito
O ato de chorar deve ligar-se muito mais ao júbilo do reconhecimento, que a necessidade de súplica, condizente com as nossas misérias.
Por isso mesmo, esperemos em Jesus a transformação de nosso pranto em água renovada do espírito.

Recordações Úteis
Não lamentemos o vácuo que a separação dos rebentos nos abriu n’alma sensível; a questão será a de sabe-los necessitados da ajuda de nossas preces e dos pensamentos alegres que recordem suas presenças queridas em nossos corações.


ACEITAÇÃO E VIDA

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
ESPÍRITO DE MARGARIDA

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