Mensagem de Irmão
Sebastião
Carmelita
A vida na
Terra se assemelha a um estágio em magnífica escola.
A reencarnação
é abençoada oportunidade de crescimento espiritual.
Somos, porém,
aprendizes rebeldes e incipientes.
Malbaratamos o
tempo.
Desprezamos a
lição.
Olvidamos os
compromissos.
Quando
sofremos, recorremos a Deus, ensaiando humildade.
Quando
felizes, nem sequer nos lembramos de agradecer ao Dispensador de todas as
graças.
É que em
contato com a matéria densa, o espírito deixa-se hipnotizar pelos cânticos da
ilusão. O imediatismo predomina em suas decisões.
Para o homem
comum, importa viver o “agora” com intensidade. Falta-lhe, portanto, senso de
eternidade.
Por isso,
justamente, a dor se faz companheira constante em nossos caminhos... Ela nos
recorda a fugacidade da vida física e nos reconduz à senda do bem.
Ai do homem,
se não sofresse!...
Mas Deus não
quer o sofrimento voluntário, aquele abismo em que muitos se precipitam para
fugir à dor que nos aprimora interiormente. O sofrimento natural é uma luz mas,
provocado, qual o suicídio, é uma infelicidade que a palavra não define.
Procuremos na
caridade o nosso cajado para a subida do monte escarpado da evolução.
Amemos os
nossos semelhantes.
Esforcemo-nos
para perdoar as ofensas, sem guardar ressentimento no coração.
Não percamos
de vista os passos do Senhor, que transitou no mundo entre zombarias e sarcasmos.
Façamos da
oração o nosso pão espiritual, cujo fermento divino é a fé que raciocina.
Tenhamos
sempre uma palavra de otimismo e um sorriso de esperança para oferecer aos que
nos buscam a presença.
Visitemos os
doentes nos hospitais, porquanto somos espíritos enfermos, necessitados também
da visitação diária do Divino Médico.
Não nos
queixemos de sacrifício; antes agradeçamos a Jesus que nos aceita como somos em
seu ministério santo entre os homens.
Aprendamos a
silenciar as nossas mágoas. A lamentação improdutiva é peso na própria alma,
impedindo-nos de seguir à frente.
Que Deus seja
sempre louvado em todas as providências que toma para que nós, os seus filhos,
possamos viver segundo a sua Vontade.
Restaurando o
Evangelho, o Espiritismo aplicado em nossas vidas é o sol que nos ilumina, desfazendo
as sombras que, há séculos, pairam sobre o nosso entendimento.
Irmãos,
deixo-lhes aqui o meu afetuoso abraço, na certeza de que a morte não existe e
que o Senhor vela por cada um de nós.
(Soneto
recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em sessão pública do Centro Espírita
“Amor ao Próximo”, em Leopoldina, MG, na noite de 28-6-50.)
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