COMUNGAR
COM DEUS
A
fidelidade a Deus e a comunhão com o seu amor são virtudes que se completam,
mas que se singularizam, no quadro de suas legítimas expressões.
Job foi
fiel a Deus quando afirmou no torvelinho do sofrimento: – “Ainda que me mate
n’Êle confiarei”.
Jesus
comungou de modo perfeito com o amor divino quando acentuou: – “Eu e meu Pai
somos um”.
A
fidelidade precede a comunhão verdadeira com a fonte de toda a sabedoria e
misericórdia.
As lutas
do mundo representam a sagrada oportunidade do homem para que seja
perfeitamente fiel ao Criador.
Aos que se
mostram leais no “pouco” é concedido o “muito” das grandes tarefas. O Pai
reparte os talentos preciosos de sua dedicação com todas as criaturas.
Fidelidade,
pois, é compreensão do dever.
Comunhão
com Deus é aquisição de direitos sagrados.
Não há
direitos sem deveres. Não há comunhão sem fidelidade.
Eis a
razão pela qual para que o homem se integre na recepção da herança divina não
pode dispensar as certidões de trabalho próprio. Antes de tudo, é
imprescindível que o discípulo saiba organizar os seus esforços, operando no
caminho do aperfeiçoamento individual, para a aquisição dos bens eternos.
Existiram
muitos homens de vida interior iluminada, que puderam ser mais ou menos fiéis,
todavia, só Jesus pôde apresentar ao mundo o estado de perfeita comunhão com o
Pai que está nos Céus.
O Mestre
veio trazer-nos a imensa oportunidade de compreender e edificar. E se nós
confiamos em Jesus é porque, apesar de todas as nossas quedas, nas existências
sucessivas, o Cristo espera dos homens e confia em seu porvir. Sua exemplificação,
em todas as circunstâncias, foi a do Filho de Deus, na posse de todos os
direitos divinos. Justo reconhecer que essa conquista representou a sagrada
resultante de sua fidelidade real. E Cristo se nos apresentou no mundo, em toda
a resplendecia de sua glória espiritual para que aprendêssemos com ele a
comungar com o Pai. Sua palavra é a do convite ao banquete de luz eterna e de
amor imortal. Eis porque, em nosso próprio benefício, conviria sermos
perfeitamente fiéis a Deus, desde hoje.
Emmanuel
Do Livro: Coletâneas do Além. Pelo Espírito Emmanuel - psicografado por
Francisco Cândido Xavier
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