Ante
o Calvário
Da terra do Calvário ardente e adusta,
Entre prantos pungentes, o Cordeiro
Da Verdade e da Luz do mundo inteiro
Vive o martírio de sua alma augusta.
Sobre a cruz infamérrina se ajusta
A crueldade do espírito rasteiro
Do homem, que é sempre o tigre carniceiro,
Enquanto grita a turba ignara e injusta.
Depois de vinte séculos ingratos,
Multiplicando Herodes e Pilatos,
Correm de novo as lágrimas divinas;
Pois, embora o Direito, o Livro e a Toga,
A Humanidade triste inda se afoga
No sangue escuro das carnificinas.
Entre prantos pungentes, o Cordeiro
Da Verdade e da Luz do mundo inteiro
Vive o martírio de sua alma augusta.
Sobre a cruz infamérrina se ajusta
A crueldade do espírito rasteiro
Do homem, que é sempre o tigre carniceiro,
Enquanto grita a turba ignara e injusta.
Depois de vinte séculos ingratos,
Multiplicando Herodes e Pilatos,
Correm de novo as lágrimas divinas;
Pois, embora o Direito, o Livro e a Toga,
A Humanidade triste inda se afoga
No sangue escuro das carnificinas.
Augusto dos Anjos
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