I
Com os jovens do cotidiano, não lhes
estranhes as expressões sentimentais quando semelhantes explosões venham a
ocorrer. Não devemos desconhecer que a juventude na Terra é um caminho difícil
de transitar.
II
São tantas e tamanhas as pedras da estrada
que mais vale a serenidade em qualquer julgamento, porquanto, essa ou aquela
apreciação nos momentos delicados, quase sempre, nos arrojam a opiniões
precipitadas e imprudentes.
III
A vida não cessa de trazer-nos novas
lições.
IV
O
amor vence a morte.
A
fé alivia a dor.
V
Contemos com a proteção de Jesus e com os
calmantes do tempo.
VI
Muita gente mostra madureza por fora, no entanto,
conserva a infantilidade por dentro.
VII
Somos jardineiros, colhendo rosas no espinheiral,
semeadores compelidos a tolerar a lama do solo para que a nossa lavoura produza
para o bem e, operários da luz, constrangidos a suportar o assédio da sombra,
para que a nossa tarefa se faça proveitosamente cumprida.
VIII
Recebamos as pessoas difíceis de nossa
estrada na condição de instrumentos de nossa própria melhoria.
IX
Sei que a dor e a desilusão, de quando em
quando, varrem a paisagem de nossa vida, arrebatando-nos flores preciosas que
nos prometiam alegria e elevação...
Compreendo quanta aflição nos assalta em
semelhantes lances da existência, contudo, é necessário nos sintamos resguardados
na calma e na perseverança no bem.
X
Emergimos do passado com lutas enormes por
vencer.
XI
A jornada para a Vida Superior é qual se
fosse grande assembleia de viajores que começam juntas elevado empreendimento,
é a integração com Jesus.
No primeiro instante, muita gente...
Nas primeiras horas, festividade e júbilo,
afirmações e promessas...
Depois, a caravana escasseia em
quantidade...
Só a qualidade persevera...
E ante as inquietações e responsabilidades
que se aliam ao regozijo fácil, permanecem apenas aqueles que fazem da Cruz do
Divino Mestre o motivo central da vida, peregrinando com firmeza e fidelidade
ao encontro da própria redenção.
XII
Para vencer os obstáculos da estrada que se
nos descerra ante os nossos objetivos de elevação, é preciso servir sem
desanimar e compreender sem exigência.
XIII
Confiemos no Cristo a fim de que o Cristo
confie em nós.
XIV
A vitória espiritual no Plano Físico
reclama o esquecimento de toda sombra, para que a luz não nos encontre
inabordável.
XV
Em qualquer dificuldade, asilemos o
pensamento na oração. Ante a luz da prece, os problemas se reduzem e a paz
triunfa.
XVI
Sigamos com firmeza na realização de nossos
ideais, mas sem pressa.
XVII
Por agora, nossa peregrinação na Terra
árida não consegue divisar o esplendor da meta...
Há muita neblina de inquietação e
ansiedade, entre nós...
Apesar disso, caminhemos...
XVIII
Saudade é anseio sem ser angustia, sede
espiritual sem ser desespero.
XIX
Não existe problema sem razão.
Não existe grande sofrimento cujas causas
não se entrelacem à distância.
XX
Em conjunto adquirimos débitos que, no
conjunto, sob o nome de família, devemos ressarcir.
XXI
Atendamos às exigências das provas
inevitáveis, recebendo na dor a presença de uma instrutora necessária.
XXII
Realizaremos o melhor, oferecendo o melhor
de nós mesmos aos companheiros mais necessitados do que nós; que nos esperam no
caminho em que transitamos.
XXIII
O serviço de nosso próprio burilamento
íntimo é obra essencial que nos cabe realizar. E esse trabalho não pode ser efetuado
se não na oficina da adversidade, em cuja forja de tentação e sofrimentos,
problemas e lutas consolidamos a nossa fé.
XXIV
Tenhamos o espírito em dia com o entendimento
e a paciência.
Todas as sombras se desfarão. E a desarmonia
é comparável à nuvem que acaba sempre por dissolver-se ao toque da energia
solar.
XXV
Nas boas obras, a questão mais grave se resume
no verbo-continuar, de vez que é difícil, pois, em qualquer obra digna, consagrada
à beneficência, tão logo começada, aparecem os espinhos e problemas.
XXVI
Onde estivermos necessitamos de amor para compreender,
paciência para servir sem reclamar, humildade para construir e coragem para
aceitarmos os desígnios da Vida Superior, a fim de que a paz possível nos
fortaleça.
XXVII
Surgem para nós, na Terra, problemas e
questões, comparáveis à sombra. E compreendamos que dentro da noite, qualquer movimentação
é difícil.
Por mais acendamos a lâmpada, com a luz de
nossas possibilidades reduzidas, há sempre trevas por todos os lados,
desfavorecendo-nos a visão.
A alvorada de um novo dia, porém, chegará
sempre.
XXVIII
Tolere com paciência as desilusões e os
desencontros da caminhada.
Não desanime, nem desfaleça. Os homens são
os homens, mas Jesus é o nosso Divino Mestre.
XXIX
A distância faz a separação e a separação
traz o sofrimento.
A saudade de alguém segue para o coração
desse alguém, com endereço exato, através das ondas que evoluem de alma para
alma.
XXX
Correm os dias, multiplicam-se as
experiências, surgem provações, mas o amor é inalterável.
XXXI
A plantação de valores para a Vida
Espiritual será realmente regada a suor e lágrimas se pretendemos obter a
sublimação no campo íntimo.
XXXII
Nos trechos espinhosos do caminho a seguir,
procuremos servir e saibamos pensar.
XXXIII
No Mais Além igualmente, há dificuldades,
enganos, desacertos e inibições, mas é preciso continuar trabalhando para
conquistar o triunfo sobre nós mesmos...
XXXIV
Com a esperança, as águas caminham para a
vastidão das grandes águas e, através dela, avançamos do berço para as
experiências maiores.
XXXV
Esmorecer é dificultar ou perder.
XXXVI
O perigo no caminho que fomos chamados a
trilhar é aquele das companhias menos desejáveis que, habitualmente nos alteram
os propósitos e os pensamentos, sem que tenhamos imediata consciência de sua
influenciação.
XXXVII
Quanto mais intenso se nos fizer o esforço
de agir, segundo os ensinamentos de Jesus, mais ampla assistência receberemos
de Jesus para a concretização de nossos projetos.
XXXVIII
Não
nos encontramos reunidos por acaso nas ações e provações da atualidade...
O Hoje é um eco do Ontem...
XXXIX
Quantos dissabores serão evitados com a
medicação preventiva da prece!...
XL
O exemplo nobre é o capítulo mais luminoso no
livro de nossa vida...
PINGO DE LUZ
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
ESPÍRITO DE CARLOS AUGUSTO
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