sexta-feira, 14 de março de 2014

Caridade para conosco


 

Caridade para Conosco


Não nos esqueçamos de que há também uma caridade que devemos a nós mesmos, a fim de que a caridade que venhamos a praticar, à frente do mundo, não se reduza a mera atitude de superfície.



Caridade que nos eduque no espírito do Senhor, cuja Doutrina de luz abraçamos com o pensamento e com os lábios e que, pouco a pouco, nos cabe esposar com toda a alma e coração.



Para exercê-la é preciso que saibamos:


perdoar as falhas alheias sem desculpar-nos;
cooperar nas boas obras sem aguardar a colaboração do companheiro;
ajudar aos que nos cercam sem esperar que nos retribuam;
dar do que temos e detemos sem cobrar o imposto da gratidão;
iluminar o caminho que nos é próprio, aprendendo a vencer as sombras que ainda se nos adensem ao redor;


calar para que os outros falem;


defender os outros, sem procurar defender-nos;


humilharmo-nos, sem pedir que os outros se humilhem;


reconhecer nossas falhas e corrigi-las;


servir sem recompensa, nem mesmo o da compreensão que nos remunera com o salário do reconforto;


trabalhar incessantemente, sem aguardar aguilhões que nos constranjam ao desempenho dos deveres que nos competem;


sentir no irmão de experiência necessidades e dores iguais às nossas, para que a vaidade não nos induza à cegueira;


considerar a bondade constante do Senhor que opera sempre o melhor, em nosso benefício, e cultivar o reconhecimento a Ele, através do sacrifício, em favor daqueles que nos rodeiam.



Aperfeiçoarmo-nos por dentro é ajudar por fora com mais segurança e como salvar significa recuperar com finalidades justas no trabalho comum, assim como oferecemos mão forte à árvore a fim de que ela cresça, frondeje e produza para o bem de todos, salvando-se da inutilidade, também ao Senhor nos aprimoremos, transformando-nos em instrumentos vivos de seu Infinito Amor, onde estivermos.

Emmanuel

Do livro Atenção, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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