sábado, 7 de setembro de 2019


Protestos Verbais

“Mas, ele disse com mais veemência:
ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei.
E da mesma maneira diziam todos também”.
(Mateus, 14:31).

É indispensável que o aprendiz sincero do Evangelho esteja sempre de mãos dadas à vigilância, no capítulo dos protestos verbais de solidariedade.

As promessas mirabolantes ficam muito bem às comédias da leviandade, mas, nunca nos compreendem sinceramente o que seja esforço, trabalho, realização.

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O próprio Cristo não escapou a provas supremas dessa natureza.

Ainda nas vésperas do sacrifício culminante, vemos os discípulos protestarem fidelidade e devotamento. Pedro e os companheiros declaravam-se unidos a Ele até o fim, hipotecavam-lhe amor e dedicação.

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Jesus, porém contava com o Pai e consigo mesmo nos testemunhos decisivos. E, apesar dos bem divinos que disseminara entre os aflitos e sofredores, não obstante o devotamento a quantos lhe buscavam o socorro sublime, o Mestre viu-se absolutamente só, desde a prisão à própria Cruz.

Recebera muitos votos de admiração, palavras de reconhecimento, declarações de solidariedade, protestos de amor; entretanto, o exemplo final revela muitos ensinamentos aos aprendizes vigilantes.

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O problema da participação experiências de alguém nunca se resumirá numa questão de palavras.

No cenáculo do Senhor, notamos semelhante lição; Judas não pôde partilhar a vitória do Mestre em Jerusalém, como os demais companheiros não conseguiram partilhar a suposta derrota do Calvário.

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Lembra o Cristo, dá testemunho e segue firme, rumo à realização divina.

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Nas ilusões terrestres, não é possível fugir às dificuldades desse teor. No triunfo, lutarás contra a inveja e o despeito de outrem; no sofrimento, suportarás, muitas vezes, a traição, o esquecimento e o fel dos ingratos. Não desesperes, porém. É preciso esquecer os fantasmas e permanecer servindo ao Senhor.


EMMANUEL - TRILHA DE LUZ - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

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