Protestos Verbais
“Mas, ele
disse com mais veemência:
ainda que me
seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei.
E da mesma
maneira diziam todos também”.
(Mateus,
14:31).
É
indispensável que o aprendiz sincero do Evangelho esteja sempre de mãos dadas à
vigilância, no capítulo dos protestos verbais de solidariedade.
As promessas
mirabolantes ficam muito bem às comédias da leviandade, mas, nunca nos
compreendem sinceramente o que seja esforço, trabalho, realização.
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O próprio
Cristo não escapou a provas supremas dessa natureza.
Ainda nas
vésperas do sacrifício culminante, vemos os discípulos protestarem fidelidade e
devotamento. Pedro e os companheiros declaravam-se unidos a Ele até o fim,
hipotecavam-lhe amor e dedicação.
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Jesus, porém contava
com o Pai e consigo mesmo nos testemunhos decisivos. E, apesar dos bem divinos
que disseminara entre os aflitos e sofredores, não obstante o devotamento a
quantos lhe buscavam o socorro sublime, o Mestre viu-se absolutamente só, desde
a prisão à própria Cruz.
Recebera
muitos votos de admiração, palavras de reconhecimento, declarações de solidariedade,
protestos de amor; entretanto, o exemplo final revela muitos ensinamentos aos
aprendizes vigilantes.
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O problema da
participação experiências de alguém nunca se resumirá numa questão de palavras.
No cenáculo do
Senhor, notamos semelhante lição; Judas não pôde partilhar a vitória do Mestre
em Jerusalém, como os demais companheiros não conseguiram partilhar a suposta
derrota do Calvário.
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Lembra o
Cristo, dá testemunho e segue firme, rumo à realização divina.
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Nas ilusões
terrestres, não é possível fugir às dificuldades desse teor. No triunfo, lutarás
contra a inveja e o despeito de outrem; no sofrimento, suportarás, muitas
vezes, a traição, o esquecimento e o fel dos ingratos. Não desesperes, porém. É
preciso esquecer os fantasmas e permanecer servindo ao Senhor.
EMMANUEL
- TRILHA DE LUZ - FRANCISCO
CÂNDIDO XAVIER
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