A PROPAGAÇÃO DO CRISTIANISMO
Na Judéia cresce, então, o número
dos prosélitos da nova crença. O hino de esperanças da manjedoura e do calvário
espalha nas almas um suave e eterno perfume. É assim que os Apóstolos, cuja
tarefa o Cristo abençoara com a sua misericórdia, espalham as claridades da Boa
Nova por toda a parte, repartindo o pão milagroso da fé com todos os famintos
do coração.
A doutrina do Crucificado
propaga-se com a rapidez do relâmpago.
Fala-se dela, tanto em Roma como
nas Gálias e no norte da África. Surgem os advogados e os detratores. Os
prosélitos mais eminentes buscam doutrinar, disseminando as idéias e
interpretações. As primeiras igrejas surgem ao pé de cada Apóstolo, ou de cada
discípulo mais destacado e estudioso.
A centralização e a unidade do
Império Romano facilitaram o deslocamento dos novos missionários, que podiam
levar a palavra de fé ao mais obscuro recanto do globo, sem as exigências e os
obstáculos das fronteiras.
Doutrina alguma alcançara no
mundo semelhante posição, em face da preferência das massas. É que o Divino
Mestre selara com exemplos as palavras de suas lições imorredouras.
Maior revolucionário de todas as
épocas, não empunhou outra arma além daquelas que significam amor e tolerância,
educação e aclaramento. Condenou todas as hipocrisias, insurgiu-se contra todas
as violências oficializadas, ensinando simultaneamente aos discípulos o amor
incondicional à ordem, ao trabalho e à paz construtiva. É por essa razão que os
Evangelhos constituem o livro da Humanidade, por excelência. Sua simplicidade e
singeleza transparecem na tradução de todas as línguas da Terra, prendendo a
alma dos homens entre as luzes do Céu, ao encanto suave de suas narrativas.
EMMANUEL
Do livro “A CAMINHO DA LUZ”
página 123 e 124.
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Nenhum comentário:
Postar um comentário