sábado, 13 de julho de 2019



Até quando?

     Até quando - iremos compreender que o sentimento de Renúncia é o Amor sublimado.

     Até quando – é possível entender, conforme nos afirma Delfina de Girardin, na obra O Evangelho segundo o Espiritismo, a seguinte assertiva: ”Vou revelar-vos a infelicidade sob uma nova forma, sob a forma bela e florida que acolheis e desejais com todas as veras de vossas almas iludidas. A infelicidade é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem com relação ao seu futuro.”

     Até quando - iremos elucidar a sublime bondade de Deus, ao envidarmos esforços em arrancar de nós os nossos vícios e imperfeições, e, buscarmos a Verdade, ao invés de fracos, apontarmos as fraquezas ínfimas do irmão que miopemente observamos.

     Até quando – deixaremos de criticar o trabalho de boa vontade de outrem, construído pelo desejo de servir, desconhecendo o verdadeiro motivo de servir, sobretudo, maldizer o trabalho alheio, sem nunca ter colocado em prática pelas nossas próprias mãos serviço ao próximo.

     Até quando – seremos impiedosos e egoístas com aqueles que amam e trabalham, aumentando em nós a chaga da inveja e do ciúme.

     Até quando – nossa alma sentirá vergonha de amar e servir, sendo comum, muitas vezes procuramos parecer mais do que somos, por sermos vítima de nosso orgulho e vaidade.

     Até quando – devemos amar ser impor condições, sem exigir nada em troca, simplesmente pela ânsia de bondade que afaga nosso coração.

     Até quando – refutamos injustamente, nossos próximos que vivem sob o mesmo teto, ou, também, nossos colegas de trabalho que labutam honestamente o pão de cada dia. Ao contrário, deveríamos doar até a última gota de nossas forças e de nossos mais puros sentimentos em prol desses próximos mais próximos.

     Até quando – menosprezamos a maior riqueza que um ser humano pode almejar – a humildade. Nossa paz está intrínsecamente vinculada ao bem que proporcionamos aos nossos semelhantes.

     Até quando – compreenderemos que nossa liberdade, nossa felicidade é fruto do nosso desapego da eferemidade, da ilusão passageira, de nossa passagem pela abençoada Terra, cujo patrimônio nosso será unicamente o bem praticado.

Até quando – somos convocados à calma, a serenidade, face ao momento de transição que atravessamos no Orbe, vivemos momentos de mudanças, chamado a provas mantenha a felicidade da consciência tranquila e do dever cumprido, fazendo sempre além das nossas possibilidades de nos doarmos.

     Até quando – iremos abençoar e agradecer o ensinamento do escritor inglês William Shakespeare, ao afirmar: “A adversidade, também, dá bons frutos”.

Até quando – o pensamento de Emmanuel tocará nossos corações quando expressa a frase:
Desgosto está para o coração, como a  poda para a árvore... Se 

dissabores nos visitam, recordemos que a  vida está cortando o 

prejudicial e o supérfluo, em nossas plantas de  ideal e realização, a 

fim de possamos nos renovar, e melhor produzir”.

     Até quando – a maior de todas as Leis legada aos homens - “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, - deixará de ser artigo de vitrine e será inserido em nossos corações.

      Até quando?

Wssf

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