Inconveniências
Decerto que Jesus não reclamou
prodígios dos seguidores.
Todos os ensinos do Mestre jazem
resumidos no mandamento profundo: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Também a Doutrina Espírita,
revivendo as lições do Senhor, não pede aos seus profitentes senão simplicidade
e lealdade, serviço e amor na edificação do Reino de Deus.
Compreensível, no entanto,
enumerar algumas inconveniências que o espírita, é exortado a evitar, para
contribuir com eficiência na Causa do Senhor:
- isolar-se do mundo, sob a desculpa de não se
contaminar com os vícios do mundo, quando se sabe claramente chamado em socorro
dos homens, com a possibilidade e a obrigação de viver corretamente entre eles;
- manejar os créditos morais que
desfrute para auferir vantagens terrestres;
- disputar honrarias;
- não cooperar e criticar quem
trabalha;
- decurar-se do domínio de si
mesmo;
- jamais entender-se com aqueles que não lhe
esposam as opiniões;
- condenar os outros porque não
lhe seguem os princípios, ao invés de ajudar-lhes o entendimento com bondade e
discrição;
- acreditar-se indene de erros;
- trancar-se em si próprio,
desconhecendo deliberadamente as provações dos semelhantes;
- afligir-se mais pelas próprias vantagens que
pelos encargos de elevação e beneficência que as circunstâncias lhe atribuem;
- criar problemas e estimular a
discórdia;
- lastimar-se por falatórios e irritar-se por
bagatelas;
- desprezar os companheiros,
ignorando-lhes os esforços;
- jamais reconsiderar atitudes,
exclusivamente por questão de prestígio individual, sem respeitar os interesses
de equipe.
A obra do bem exige se mostre
tudo aquilo que devemos fazer, mas, igualmente, expõe tudo aquilo que não se
deve fazer.
Emmanuel
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