Caridade e
migalha
Em nome de
Deus, o homem recebe a caridade das células que lhe formam o corpo;
do berço que
se lhe erige em estação de refazimento;
do colo
materno a recolhê-lo por ninho santo;
da benção
paternal que o assiste;
dos sentidos
diversos que o ajudam a orientar-se;
do lar que o
asila;
da escola que
o instrui;
da terra que o
sustenta;
do sol que lhe
garante a visão e a energia;
do ar que o
nutre;
da planta que
o protege;
da fonte que
lhe socorre as necessidades;
do livro que
lhe descerra horizontes de luz;
do amigo que o
reconforta;
do trabalho
que lhe assegura o progresso;
da oração que
o inspira;
do fio que lhe
tece a vestimenta;
do pão que lhe
guarda a força;
do remédio que
lhe preserva a saúde e das mil utilidades que lhe plasmam, a cada instante, a
fortaleza e a coragem, a segurança e a alegria...
*
Dá-lhe o
Senhor, para que não se sinta inútil, a ilusão construtiva do ouro em barra ou
disco, de modo a lhe não falte recurso aquisitivo, no culto à honestidade, mas,
no fundo, todas as concessões do Céu, por inapreciáveis e generosas, não têm
preço visível, porquanto todas elas nascem do perdão incansável e do amor sem
limites.
*
Não te pese
entregar a quem sofre a migalha do auxílio, da qual possas dispor, de vez que a
beneficência, perante a Bondade Eterna, é simples dever nosso, na jornada do
bem para a união de todas as criaturas, na abastança sem fim.
*
Aceita o fracasso por base de recomeço.
PACIÊNCIA
FRANCISCO CÂNDIDO
XAVIER
EMMANUEL
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