AMENIDADE
“Bem-aventurados os mansos porque
eles herdarão a Terra” - JESUS - MATEUS, 5: 5.
“A benevolência para com as seus
semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe
são as formas de manifestar-se.” Cap. 9: 6.
Surgem, sim, as ocasiões em que todas as
forças da alma se fazem tensas, semelhando cargas de explosivos, prestes a
serem detonadas pelo gatilho da boca...
Momentos de reação, diante do
mal, em que a fagulha da, mágoa, assoma do intimo, aviventada pelo sopro do
desespero, Entretanto, mesmo que a indignação se te afigure justificada,
reflete para falar.
A palavra, não foi criada, para
converter-se em raio da morte. Imagina-te no lugar do interlocutor.
Se houve deficiência no concurso
de outrem, recorda os acontecimentos em que o erro impensado te marcou a
presença; se algum companheiro falhou, involuntariamente, na obrigação, pensa
nas horas difíceis, em que não pudeste guardar felicidade ao dever.
Em qualquer obstáculo, pondera
que a cólera é bomba de rastilho curto, comprometendo a estabilidade e a
elevação da, vida onde estoura.
Indiscutivelmente, o verbo foi
estabelecido para que nos utilizemos dele.
O silêncio é o guardião, da
serenidade, todavia, nem sempre consegue tomar-lhe as funções.
Isso, porém, não nos induz a
transfigurar a cabeça num vulcão em movimento, arremessando lavas de azedume e
inquietação.
Conquanto se nos imponha dias de
franqueza e esclarecimento, é possível equacionar, harmoniosamente, os mais
intrincados problemas sem adicionar o fogo da violência As parcelas da lógica.
Dominemo-nos para que possamos
controlar circunstâncias, chefiemos as nossas emoções, alinhando-as na estrada
do equilíbrio e do discernimento, de modo a que nossa frase não resvale na
intemperança.
Guardar o silêncio, quando
preciso, mas falar sempre que necessário, a desfazer enganos e a limpar
raciocínios, entendendo, porém, que Jesus não nos confiou a verdade para
transformá-la numa pedra sobre o crânio alheio e sim num clarão que oriente aos
outros e alumie a nós.
Livro da Esperança Psicografia
Francisco Cândido Xavier – Espírito Emmanuel
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