O Verbo Humano e a Palavra Escrita
O verbo humano pode falhar, mas a palavra
do Senhor é imperecível. Aceita-a e cumpre-a, porque, se te furtas ao
imperativo da vida eterna, cedo ou tarde o anjo da angústia te visitará o
espírito, indicando-te novos rumos.
O livro é igualmente como a semeadura. O
escritor correto, sincero e bem intencionado é o lavrador que alcançará a
colheita abundante e a elevada retribuição das ais divinas à sua
atividade. O literato fútil, amigo da insignificância e da vaidade, é bem
aquele trabalhador preguiçoso e nulo que “semeia ventos para colher
tempestades”. E o homem de inteligência que vende a sua pena, a sua opinião e o
seu pensamento, no mercado da calúnia, do interesse, da ambição e da maldade, é
o agricultor criminoso que humilha as possibilidades generosas da terra, que
rouba os vizinhos, que não planta e não permite o desenvolvimento da semeadura
alheia, cultivando espinhos e agravando responsabilidades pelas quais
responderá um dia, quando houver despido a indumentária do mundo, para
comparecer ante as verdades do Infinito.
Os livros ensinam, mas só o esforço próprio
aperfeiçoa a alma para a grande e abençoada compreensão.
A palavra é um dom divino, quando
acompanhada dos atos que a testemunhem; e é através de seus caracteres falados
ou escritos que o homem recebe o patrimônio de experiência sagradas de quantos
o antecederam no mecanismo evolutivo das civilizações. É por intermédio de seus
poderes que se transmite, de gerações a gerações, o fogo divino do progresso na
escola abençoada da Terra.
O livro representa vigoroso ímã de força
atrativa, plasmando as emoções e concepções de que nascem os grandes movimentos
da Humanidade.
Livro Palavras de Emmanuel
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