CAMPOS
Campos! ao
recordar-te, inflama-me o peito,
E embora se me
apague o cântico sem lira,
Rogo a Deus te
abençoe a terra em que se mira
A vida de teu
povo iluminado e eleito!
Respiro-te o
perfume!... A saudade suspira!...
E contemplo
outra vez no sonho em que me enfeito,
O rio, o
engenho, o arado, a floração no eito
E os verdes
canaviais, sob os céus de safira.
Relembro-te em
prece enternecida e grata
Os dias de
ouro e azul entre as noites de prata,
Beijo-te o
solo em flor por tudo o que nele encerra!...
Campos!
Vejo-te agira, ao brilho do amor puro,
Por estrela de
Deus indicando o futuro,
Talhada no
Brasil para a Glória da Terra!...
Espírito “Azevedo Cruz²”
2
– Azevedo Cruz – João Antônio de Azevedo Cruz nasceu
na freguesia de Santa Rita da lagoa de Cima, Município de Campos, RJ, a 22 de
julho de 1870. Joaquim Antônio de Azevedo Cruz e Constantina Cruz foram seus
pais. Estudou em Campos, primeiramente no Colégio Cornélio, do Profº. Cornélio
bastos, e depois no Liceu de Humanidades de Campos. Iniciou seus estudos
jurídicos no Rio de Janeiro, mas recebeu grau de Bacharel na Faculdade de
Direito de São Paulo. Colaborou amplamente na imprensa de Campos (Monitor
Campista, A Gazeta do Povo, etc.), bem como vários jornais e revistas
de Niterói, São Paulo e Rio de Janeiro. Para teatro escreveu duas revistas:
“Benta Pereira” e “Terra da Goiabada”. Foi deputado à Assembleia Legislativa do
Estado do Rio. Entre outros trabalhos seus, destaca-se Sonho, sua grande obra
poética. Desencarnou a 22 de janeiro de 1905 em Friburgo. É considerado o
Príncipe dos Poetas Campistas.
Ocioso
declarar que o soneto mediúnico “Campos” retrata o estilo e as peculiaridades
do grande poeta de “Amantia
Verba”, que se identifica
ainda, em seu estro admirável, pelo grande amor que sempre dedicou à terra
natal e à sua querida gente campista.
TEMPO E AMOR
Francisco Cândido Xavier
e
Clovis Tavares
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