domingo, 8 de junho de 2014

Nos domínios da paciência


 
NOS DOMÍNIOS DA PACIÊNCIA

Emmanuel

 “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus.”

 JESUS - MATEUS, 5: 16.

 

 “Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus.” Cap. 9: 7.

 

 Em muitos episódios constrangedores, admitimos que paciência é cruzar os braços e gemer passivamente em preguiçosa lamentação.

 Noutros lances da luta com que somos defrontados por manifestações de má fé, a raiarem por dilapidações morais inomináveis, supomos que paciência é tudo deixar como está para ver como fica.

 Isso, porém, constará das lições da vida ou da natureza? Células orgânicas, quando ocorrem acidentes ao veiculo físico, estabelecem processos de defesa, trabalhando mecanicamente na preservação da saúde corpórea, enquanto isso lhes é possível.

 Vegetais humildes devastados no tronco, não renunciam à capacidade de resistência e, enquanto dispõem das possibilidades necessárias, regeneram os próprios tecidos, preenchendo as finalidades a que se destinam.

 Paciência não é conformismo; é reconhecimento da dificuldade existente, com a disposição de afastá-la sem atitude extremista.

 Nem deserção da esfera de luta e nem choro improfícuo na hora do sofrimento.

 Sejam como sejam os entraves e as provações, a paciência descobre o sistema de removê-los.

 Em assim, nos externando não nos referimos à complacência culposa que deita um sorriso blandicioso para a leviandade fingindo ignorá-la.

 Reportamos nos à compreensão que identifica a situação infeliz e articula meios de solucionar-lhe os problemas sem alardear superioridade.

 Paciência, no fundo, é resignação quando as injúrias sejam desferidas contra nós em particular, mas sempre que os ataques sejam dirigidos contra os; interesses do bem de todos, paciência e perseverança tranquila no esclarecimento geral, conquanto semelhante atitude, às vezes, nos custe sacrifícios imensos.

 Jesus foi a paciência sem lindes, no entanto, embora suportasse, sereno todos os golpes que lhe foram endereçados, pessoalmente preferiu aceitar a morte na cruz a ter de aplaudir o erro ou acumpliciar-se com o mal.

 

Extraído do livro "O Livro da Esperança" - Psicografado por FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Nenhum comentário:

Postar um comentário