Permaneça em
casa
A recomendação para toda a Humanidade
no enfrentamento ao coronavírus, Covid-19, para dirimir a concentração da
pandemia em curto espaço de tempo foi: “permaneça em casa”, saia somente para o
essencial.
Permanecer em casa, além de atender
as recomendações governamentais e de saúde, possibilitou a oportunidade de
reflexão mais profunda e de crescimento espiritual. O isolamento em família
proporcionou a cada criatura adentrar no quarto íntimo para analisar-se, para
responder a questionamentos: O que farei da vida? Quais valores estou
cultivando? Que caminho a Humanidade está trilhando?
A oportunidade de estar em casa
possibilitou visitar os recônditos da alma para ouvir a si mesmo nesses
momentos em que a Humanidade é convidada a compreender os desígnios de Deus,
pensar no próximo, renovar hábitos, ampliar a visão de mundo, abandonar o
egoísmo e vivenciar a caridade.
Hoje, a maior parcela da Humanidade
busca o perecível – ter cargos, ter posse, ter poder, ter bens –, o imperecível
está esquecido e colocado em plano secundário. O permaneça na casa íntima, que
o isolamento no lar tem proporcionado, faz despertar, naqueles que estão
refletindo mais profundamente, o que é duradouro, perene, imperecível: a fé; a
confiança nos desígnios do Pai; a esperança; o pensar no próximo e o exercício
do amor.
O convite
é para pensar no próximo, é para mudar hábitos; é, em síntese, para aplicar o
Mandamento Maior: Amar a Deus sobre todas as coisas, de todo
coração, de toda alma, de todo espírito. Este o primeiro mandamento,
há o segundo de mesmo valor: Amar ao próximo como a si
mesmo.
Infelizmente, o medo, a dor e o
sofrimento estão sendo os caminhos para amar o próximo conforme Ele, Jesus,
recomendou há dois mil anos nos dois mandamentos citados.
Não podemos olvidar, jamais, um segundo
sequer, que o nosso planeta está sob uma direção segura, amorosa e sábia, que
há um governador, Jesus, o Cristo de Deus, aguardando o despertar das
consciências para as lições de seu Evangelho, fonte de luminosidades, de
esclarecimentos, de orientações, de consolo, de convites à renovação e à
regeneração.
Quando findar o “permaneça em casa”,
não esqueçamos de “permanecer na casa íntima”, a fim de continuarmos cultivando
os valores imperecíveis, agora colocados não mais em plano secundário, mas em
plano prioritário.
Sigamos confiantes, permanecendo na
casa íntima, a cultivar o amor ao próximo, sempre.
Fonte: Revista O Reformador
FEB. Junho 2020.
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