CÉREBRO E ESTÔMAGO.
Se pretenderes ajudar o cérebro
que desatina, atende igualmente ao estômago que padece.
“Mente sã em corpo são” –
doutrinava a cultura antiga.
E ninguém terá pensamento sadio
sem digestão correta.
Claro que não nos referimos aqui
aos abusos do prato, mas à refeição frugal e pura que mantém a saúde física.
Não olvidemos, assim, a obrigação
de sossegar as necessidades básicas do próximo para que lhe possamos doar a
mensagem de nossa fé.
Nem somente pão excessivo que redume
em moléstia a viciação.
Nem somente discurso sistemático
que resulte em demagogia e retórica.
Orientação para o cérebro.
Socorro para o estômago.
Exemplo e lição, atitude e
palavra.
Alimento e agasalho, remédio e
consolo.
Estudo que edifique.
Bondade que reconforte.
Refeitório que restaure.
Escola que ilumine.
Através do Evangelho, no Capítulo
Seis dos Atos dos Apóstolos, somos informados de que no primeiro santuário do
Cristianismo em Jerusalém, havia quem amparava os sedentos de luz e quem servia
aos famintos de pão.
Conjugavam-se tribuna e mesa,
verdade e amor para a vitória da luz.
Assim sendo, no apostolado
espírita, que revive o ministério divino de Nosso Senhor, não nos esqueçamos
das aflições da alma e do corpo.
Auxiliemos as vítimas da
ignorância, sem olvidar as criaturas que jazem sob o grilhão das calamidades
materiais.
O cérebro depende do estômago
para governar a vida orgânica. O estômago depende do cérebro para sustenta-lo.
Ambos reclamam atenção e carinho.
Foi por isso talvez que a
Sabedoria Divina separou um do outro, impondo-lhes o coração de permeio.
SCHEILLA.
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