Ver
A visão não é exclusividade dos olhos físicos.
Refletir é ver com a consciência.
Imaginar é ver com o sentimento.
Calcular é ver com o raciocínio.
Recordar é ver com a memória.
Por isso mesmo, a visão é propriedade vasta e complexa do
Espírito, que se dilata e se enriquece constantemente, à medida que nossos
poderes e emoções se desenvolvem e se aprimoram.
Quem deseje, pois, realizar, aquisições psíquicas de
clarividência nos celeiros da vida, guarde a pureza no coração, afim de que a
pureza, em se exteriorizando através de nossos sentidos, nos regenere o mundo
emocional, reajustando o nosso idealismo e equilibrando os nossos desejos na direção
do Bem Infinito.
Quem procura o “lado melhor” dos acontecimentos, a “parte mais
nobre das pessoas” e a “expressão mais útil” das coisas, está conquistando
preciosos acréscimos de Visão.
Enquanto nos confiamos às paixões perturbadoras, tateando nas
trevas do egoísmo e do ódio, varando o gelo da indiferença e o enrijecimento
espiritual, atravessando o incêndio da incompreensão e do desvario ou vencendo
os pântanos do desregramento ou da intemperança, não poderemos senão ver com a
carne os problemas inquietantes e dolorosos que à ela se ajustam.
Purifiquemos o Espírito e conseguiremos descobrir os horizontes
da nossa gloriosa imortalidade.
Todos enxergam alguma coisa na vida comum, entretanto, raros
sabem ver.
Ajustemo-nos aos princípios do Vidente Divino que soube contemplar
as necessidades humanas, com amor e perdão, do Alto da Cruz e, por certo,
começaremos, desde agora, a penetrar na claridade sublime de nossa própria
ressurreição.
Alma
e Luz
Francisco
Cândido Xavier - Emmanuel
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