Presenteie. Dê o Evangelho aos Seus Amigos
Hoje o mundo está conturbado como talvez nunca esteve.
A acentuada defesa de interesses próprios, a desunião, o desamor e a maldade são vistos em quaisquer esquinas de nossas vidas.
A acentuada defesa de interesses próprios, a desunião, o desamor e a maldade são vistos em quaisquer esquinas de nossas vidas.
Duas questões instigam nossas mentes:
Se Deus é soberanamente Justo, por que deixou que a injustiça se alastrasse desta forma?
Se Deus é soberanamente Bom por que deixou que a maldade tomasse conta dos corações de seus filhos?
A resposta de tanta injustiça, tanta maldade está em nós mesmos, em nossos atos, na má utilização do nosso livre arbítrio. Quando cada lar da Terra for um exemplo prático da paz, da justiça e do amor, toda a humanidade respirará paz, justiça e amor.
Estamos vivendo na terra um momento de transição, um momento de aumento de responsabilidade.
Deus, com toda a sua sabedoria, está deixando conhecer a injustiça para que valorizemos a justiça, conhecer os tentáculos ameaçadores da maldade para que valorizemos a bondade. Séculos de aprendizagem deixaram-nos conscientes de que o homem só valoriza a vida quando sente a morte, só valoriza a saúde quando vem a doença.
Já disseram que Deus escreve certo por linhas tortas.
As “linhas tortas” de nossa existência, isto é, a injustiça (ou aparente injustiça), a maldade (ou a aparente maldade), são meios que estão fazendo brotar em nossos corações, como nunca ocorreu antes, a sede da justiça, a sede da bondade, a sede do amor.
Esta natural exigência da melhora da humanidade, que nossas ponderações mais íntimas nos cobram, leva-nos à seguinte reflexão “aí está a mão de Deus, nosso Pai, que nunca nos abandonou”.
Esta reflexão leva-nos à outra: “se Deus é a representação máxima do amor, Ele com certeza quer que lutemos firmemente contra a injustiça e contra a maldade. Mas as armas de nossa luta tem que ser o amor, o perdão, a bondade e a caridade, armas que Deus, através de nosso Mestre Jesus, depositou em nossas mãos há 2000 anos”.
O objetivo desta carta é lhe apresentar um instrumento quem certamente ajudará (se você quiser) a melhorar ainda mais o seu ambiente familiar e, por conseqüência, melhorar o mundo. Quero lhe apresentar uma doutrina religiosa, filosófica e científica que, através dos seus ensinamentos configura-se como um dos mais importantes meios para vencermos a guerra contra a “injustiça” e contra a “maldade”.
É a doutrina “espírita”.
Se este nome perturbou-o, acalme-se. Isto acontece com a maioria dos que ainda não conhecem o espiritismo.
As denominações “espírita”, “espiritista” ou “espiritismo” assumiram conotações que não correspondem à real essência da doutrina.
Outras pessoas, como você, também não acreditavam ou tinham uma opinião deformada do espiritismo.
William Crookes, o extraordinário pai da Física contemporânea, o homem que descobriu o tálio, a matéria radiante, a quem se deve os pródomos da Física Nuclear da atualidade, chegou a dizer textualmente:
- Eu era um materialista absoluto e, depois de investigar em profundidade científica os fenômenos mediúnicos, eu afirmo que eles já não são possíveis: eles são reais”.
Também nos recordamos de que César Lombroso, igualmente no século XIX, depois de examinar a mediunidade de Eusábia Paladino disse estas palavras:
- Quando me lembro de que eu e meus colegas zombávamos daqueles que acreditavam no Espiritismo, coro de vergonha, porque hoje eu também sou espírita! A evidência dos fatos dobrou a minha convicção negativa.
E ainda Cronwell Varley, o que lançou sobre o mundo as linhas da telegrafia e da telefonia internacional, os cabos transoceânicos, teve a coragem de dizer:
- Somente negam os fenômenos espíritas, aqueles que não se deram ao trabalho de os estudar. Eu não conheço um só exemplo de alguém que os haja estudado, que não se tenha rendido à sua evidência.
O número de sábios e de cientistas que concluíram pela realidade do fenômeno mediúnico, depois de examinar a Doutrina Espírita, é muito expressivo, seja no século XIX, seja no século XX. Neste momento, é a ciência do psiquismo, especialmente a Psiquiatria, através dos seus maiores representantes, como os Drs. Morris e Netkerton, de San Diego, na Califórnia, que, fazendo a terapia das vidas pregressas, demonstra que o indivíduo viveu ontem e que várias patologias psiquiátricas do momento somente são explicáveis através da reencarnação.
A psicóloga Dra. Edite Fiori, depois de testar a “regressão de memória” por mais de cinco anos, escreveu uma série de livros, comprovando-lhe a legitimidade. Ao mesmo tempo, outros investigadores, na área dos fenômenos psicológicos, psiquiátricos e psicanalíticos, vêm confirmando esta realidade.
Mas o que é o Espiritismo?
Espiritismo é uma doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, e organizada (codificada) por um educador francês, conhecido por Allan Kardec, em 1857. Surgiu, pois, na França, há mais de um século.
Dizemos que o Espiritismo é ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Não existe o sobrenatural do Espiritismo: todos os fenômenos, mesmos os mais estranhos, têm explicação científica. São, portanto, de ordem natural.
O Espiritismo é uma filosofia porque, a partir dos fenômenos espíritas, dá uma interpretação da vida, respondendo questões como “de onde você veio”, “que faz no mundo”, “para onde vai após a morte”. Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.
Dizemos também, que o Espiritismo é religião, porque ele tem por fim a transformação moral do homem, retomando os ensinamentos de Jesus Cristo, para que sejam aplicados na vida diária de cada pessoa. Revive o Cristianismo na sua verdadeira expressão de amor e caridade.
O Espiritismo não é uma religião organizada dentro de uma estrutura clerical. Neste sentido, ele é profundamente diferente das religiões tradicionais. Não tem sacerdotes, nem chefes religiosos. Não tem templos suntuosos. Não adota cerimônias de espécie alguma, como batismo, crisma, “casamentos”, etc. Não tem rituais, nem velas, nem vestes especiais, nem qualquer simbologia. Não adota ornamentação para cultos, gestos de reverência, nem sinais cabalísticos, nem benzimentos, nem talismãs, nem defumadores, nem cânticos cerimoniosos (ladainhas, danças ritualísticas, etc), nem bebida, nem oferendas, etc.
O culto espírita é feito no próprio coração. É o culto do sentimento puro, do amor ao semelhante, do trabalho constante em favor do próximo. Somente o pensamento equilibrado no bem nos liga a Deus e somente a prática das boas ações nos fazem seus verdadeiros adoradores. Assim, o Espiritismo procura reviver os ensinamentos de Jesus, na sua simplicidade e sinceridade, sem luxo, sem convencionalismos sociais, sem pompas, sem grandezas, pois, como nos recomendou o Mestre de Nazaré, Deus deve ser adorado “em espírito e verdade”.
Para informações mais completas tomo a liberdade de lhe encaminhar um exemplar do livro “O EVANGELHO SEGUNGO O ESPIRITISMO”, de Allan Kardec. Aconselho-o a ler, a seguir, “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, do mesmo autor.
Em tempo, nosso relacionamento em nada se turvará se você não aceitar o convite para ler o citado livro.
Não moverei uma palha, além desta carta, para que tenha interesse pelo espiritismo, apenas tomo a liberdade de encaminhar um livro que me fez bem a alguém a quem eu quero bem.
O espírita respeita todas as doutrinas religiosas existentes e tem plena convicção de que um “ateu”, que tenha bons procedimentos, é muito mais bem visto aos olhos de Deus do que um “religioso” que tenha atitudes indignas.
É a reforma íntima que eleva o homem.
A religião apenas ajuda.
Portanto, não insistirei para que leia o livro que ora presenteio-o, e nem tocarei neste assunto quando encontra-lo pessoalmente.
Respeitarei seu livre-arbítrio.
No entanto das duas uma:
se você ler o livro e o aprovar, ótimo;
se você ler o livro e não o aprovar, ótimo também, pois neste caso terá ainda mais elementos para dar mais convicção doutrinária à crença que hoje professa.
Enfim, qualquer que seja sua opinião pós-leitura, esta só lhe fará bem.
Alkindar de Oliveira
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