Se eu desencarnar, farei falta ao centro
espírita onde trabalho?
Escrito por Wellington Balbo
Há alguns anos fiz uma reflexão para saber se estou fazendo caridade e
para quem eu faço essa caridade.
Iniciei com pergunta simples:
Se eu desencarnar hoje o Movimento Espírita nacional sofrerá algum
abalo?
Naturalmente não.
Prossegui:
Se eu desencarnar hoje o Movimento Espírita do estado onde resido
sofrerá algum abalo?
Também não.
E a cidade onde moro, será que terá algum impacto no Movimento Espírita
da cidade onde moro?
Evidentemente que não.
E quanto ao centro espírita que milito. Será que as atividades sofrerão
com a minha ausência?
E a conclusão foi a mesma das respostas anteriores, ou seja, não.
Todo esse trabalho prosseguirá realizando-se com ou sem a minha
presença. Portanto, se há algúem beneficiado nisso tudo sou eu. Se faço algo é
para mim. O que ocorre é que, de uma ou outra forma as pessoas
beneficiam-se do bem que fazemos a nós mesmos.
Exato,
porque investir nosso precioso tempo nas atividades edificantes realizadas pelas
instituições espíritas é um bem que feito a nós mesmos. É, digamos, a
autocaridade.
E a ideia acima modifica nossa visão de caridade e,
também, do trabalho desenvolvido no centro espírita.
Percebemos que não é o centro espírita que necessita
de nós, de nosso empenho, mas, o contrário. Somos nós que, para nosso
equilíbrio, necessitamos das atividades que o centro espírita disponibiliza.
O centro espírita é quem nos dá a chance sublime de
trabalharmos no plantio do bem.
É o centro espírita nosso grande empregador para que
enriqueçamos nosso espírito.
Isso dá-nos oportunidade de desenvolvermos em nós a
humildade. Humildade que, aliás, era uma característica de Allan Kardec.
O Codificador chegou a questionar os Espíritos sobre
falhar em sua missão. Os missionários de Jesus responderam que o professor
Rivail não era insubstituível, e que outro realizaria a sublime tarefa caso
Kardec falhasse. Não foi o caso, Kardec venceu. Mas, observe o caro leitor a
humildade do codificador em perguntar sobre uma possível falha de sua parte.
Em realidade estamos todos pois nestes mundos de Deus
aprendendo que ao servir somos os primeiros beneficiados.
Por isso, proponho uma reflexão:
Você já agradeceu as pessoas que teve oportunidade de
ajudar? Já agradeceu aos fundadores das instituições que nos dão emprego no
campo do bem?
Em realidade todas as vezes que, de alguma forma somos
úteis, devemos elevar nosso preito de gratidão a quem servimos.
Por quê?
Porque são essas pessoas que nos dão emprego no bem.
Quando somos úteis, quando servimos alguém, lembremos que o agradecimento deve
ser nosso e não do outro. Além de colocar justiça, porque nos dá a oportunidade
de servir, livra-nos da amargura de ficar esperando um obrigado ou reconhecimento.
O mesmo ocorre com as instituições espíritas:
São elas que nos proporcionam trabalho e oportunidade
de servir.
Agradeçamos, pois…
Nenhum comentário:
Postar um comentário