Mensagem de Irmão
A vida na
Terra se assemelha a um estágio em magnífica escola.
A reencarnação
é abençoada oportunidade de crescimento espiritual.
Somos, porém,
aprendizes rebeldes e incipientes.
Malbaratamos o
tempo.
Desprezamos a
lição.
Olvidamos os
compromissos.
Quando
sofremos, recorremos a Deus, ensaiando humildade.
Quando
felizes, nem sequer nos lembramos de agradecer ao Dispensador de todas as
graças.
É que em
contato com a matéria densa, o espírito deixa-se hipnotizar pelos cânticos da
ilusão. O imediatismo predomina em suas decisões.
Para o homem
comum, importa viver o “agora” com intensidade. Falta-lhe, portanto, senso de
eternidade.
Por isso,
justamente, a dor se faz companheira constante em nossos caminhos... Ela nos
recorda a fugacidade da vida física e nos reconduz à senda do bem.
Ai do homem,
se não sofresse!...
Mas Deus não
quer o sofrimento voluntário, aquele abismo em que muitos se precipitam para
fugir à dor que nos aprimora interiormente. O sofrimento natural é uma luz mas,
provocado, qual o suicídio, é uma infelicidade que a palavra não define.
Procuremos na
caridade o nosso cajado para a subida do monte escarpado da evolução.
Amemos os
nossos semelhantes.
Esforcemo-nos
para perdoar as ofensas, sem guardar ressentimento no coração.
Não percamos
de vista os passos do Senhor, que transitou no mundo entre zombarias e sarcasmos.
Façamos da
oração o nosso pão espiritual, cujo fermento divino é a fé que raciocina.
Tenhamos
sempre uma palavra de otimismo e um sorriso de esperança para oferecer aos que
nos buscam a presença.
Visitemos os
doentes nos hospitais, porquanto somos espíritos enfermos, necessitados também
da visitação diária do Divino Médico.
Não nos
queixemos de sacrifício; antes agradeçamos a Jesus que nos aceita como somos em
seu ministério santo entre os homens.
Aprendamos a
silenciar as nossas mágoas. A lamentação improdutiva é peso na própria alma,
impedindo-nos de seguir à frente.
Que Deus seja
sempre louvado em todas as providências que toma para que nós, os seus filhos,
possamos viver segundo a sua Vontade.
Restaurando o
Evangelho, o Espiritismo aplicado em nossas vidas é o sol que nos ilumina, desfazendo
as sombras que, há séculos, pairam sobre o nosso entendimento.
Irmãos,
deixo-lhes aqui o meu afetuoso abraço, na certeza de que a morte não existe e
que o Senhor vela por cada um de nós.
Sebastião
Carmelita
(Soneto recebido pelo médium
Francisco Cândido Xavier, em sessão pública do Centro Espírita “Amor ao
Próximo”, em Leopoldina, MG, na noite de 28-6-50.)
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