RELEMBRANDO NOSSO CHICO
Lindos Casos de Chico Xavier.
A IMPORTÂNCIA DO LIVRO ESPÍRITA
Depois da sessão da noite, próximos ao local onde era servido o cafezinho, conhecemos três jovens de Ribeirão Preto, que consagravam suas férias distribuindo gratuitamente livros espíritas.
Contaram-nos que, durante o ano letivo, eles os angariavam até a chegada das férias.
Então, lotavam uma caminhonete, abarrotando-a com os livros e se dirigiam com entusiasmo para os mais distantes rincões e vilas de nosso país, a fim de entregá-los a mãos de criaturas que pudessem tomar contato com a Doutrina Espírita.
E encerravam a excursão dirigindo-se a Uberaba, coroando-a com uma visita ao Chico.
Eles, como nós, estavam aguardando o momento de dialogar com o médium. Como estivéssemos próximo deles, quando se abraçaram, pudemos ouvir parte da conversa.
Um dos rapazes lhe indaga:
— Amigo Chico, em nossas incursões pudemos observar muitas obras assistenciais, levantadas por nossos confrades nos mais variados locais. Ouso perguntar a você: não estaria havendo um exagero na construção de tantas obras com finalidade apenas assistencial, como vimos em algumas partes, em detrimento do esclarecimento doutrinário?
O medianeiro ponderou por alguns instantes e ouvimos dele esta sábia resposta:
— A fome física é gritante; todos correm para saná-la: uma canequinha de arroz aqui, um litro de óleo acolá, etc, etc.
Em seguida enfatizou:
— A fome espiritual é anestesiada pela ignorância, e a ignorância não dói.
O rapaz acenava com a cabeça, concordando plenamente com o que ouvia.
Chico continuou:
— Em certa ocasião, ofereceram-me um livro católico, muito bom. Observei que sua primeira edição datava do ano de 1900.
Então, pergunto a vocês: quantos livros espíritas foram editados de 1900 para cá, e quantos leitores os tiveram nas mãos?
E como a mostrar a premência da divulgação do Espiritismo através do livro, encurtando etapas, falou bem humorado:
— Nós, espíritas convictos, devemos reencarnar logo.
Não pudemos ouvir o que eles lhe disseram, mas por serem tão jovens, bem que poderia ser esta a frase:
— Foi o que fizemos, Chico!
(Do livro Inesquecível Chico – Romeu Grisi/Gerson Sestini – Ed. GEEM)
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