Tudo sofre na Terra implacável mudança,
Pólo a pólo, alma a alma, em ritmo profundo,
Mês a mês, dia a dia e segundo a segundo,
A vida se refaz, aprimora-se e avança.
Pólo a pólo, alma a alma, em ritmo profundo,
Mês a mês, dia a dia e segundo a segundo,
A vida se refaz, aprimora-se e avança.
Reflete no museu onde a Historia descansa.
Bronzes, troféus, brasões, em repouso infecundo,
Mostram que a pompa humana é cinza para o mundo
Ontem, púrpura e sol; hoje trapo e lembrança...
Força, fama, ilusão, graça, beleza e glória
Caem da ostentação da senda transitória
Nos arquivos do tempo – o eterno sábio mudo!...
Uma riqueza só permanece intocada,
A riqueza do bem que esparziste na estrada,
Luz a esperar-te além da alteração de tudo.
Dario Veloso
Do livro Poetas
Redivivos, psicografia de Francisco
Cândido Xavier – Autores diversos
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