sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O Espiritismo em sua Vida


 

O Espiritismo em sua Vida


Reflita na importância do Espiritismo em sua encarnação. Confrontemo-lo com as circunstâncias diversas em que você despende a própria existência.

Corpo – Engenho vivo que você recebe com os tributos da hereditariedade fisiológico, em caráter de obrigatoriedade, para transitar no Planeta, por tempo variável, máquina essa que funciona tal qual o estado vibratório de sua mente.



Família – Grupo consanguíneo a que você forçosamente se vincula por remanescentes do pretérito ou imposições de afinidade com vistas ao burilamento pessoal.



Profissão – Quadro de atividades constrangendo-lhe as energias à repetição diária das mesmas obrigações de trabalho, expressando aprendizado compulsório, seja para recapitular experiências imperfeitas do passado ou para a aquisição de competência em demanda do futuro.



Provas – Lições retardadas que nós mesmos acumulamos no caminho, através de erros impensados ou conscientes em transatas reencarnações, e que somos compelidos a rememorar e reaprender.



Doenças – Problemas que carregamos conosco, criados por vícios de outras épocas ou abusos de agora, que a Lei nos impõe em favor de nosso equilíbrio.

Decepções – Cortes necessários em nossas fantasias, provocados por nossos excessos, aos quais ninguém pode fugir.



Inibições - Embaraços gerados pelo comportamento que adotávamos ontem e que hoje nos cabe suportar em esforço reeducativo.



Condição – Meio social merecido que nos facilita ou dificulta as realizações, conforme os débitos e créditos adquiridos.



Segundo é fácil de concluir, todas as situações da existência humana são deveres a que nos obrigamos sob impositivos de regeneração ou progresso. Mas a Doutrina Espírita é o primeiro sinal de que estamos entrando em libertação espiritual, à frente do Universo, habilitando-nos, pela compreensão da justiça e pelo serviço à Humanidade, a crescer e aprimorar-nos para Esferas Superiores.



Pense no valor do Espiritismo em sua vida. Ele é a sua verdadeira oportunidade de partilhar a imortalidade desde hoje.

André Luiz

Do Livro Estude e Viva, Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Retidão


 

 

RETIDÃO


Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo, nem o enganes com os teus lábios. PV. 24:28.

Aquele que testemunha sem causa embriaga-se na mentira, querendo que a ilusão tome o lugar da verdade e passa a enganar a si mesmo por desconhecer a lei de justiça, que dá a cada um segundo as suas obras.

Não enganes com os teus lábios ao teu próximo. Ele é tu mesmo em outro corpo; cada Espírito é um elo da grande corrente universal. Ferindo o teu companheiro, impedes a energia divina de passar deles para tua necessidade. Mesmo assim, somos almas individuais, cada uma com seu mundo diferente, mas todas filhas do Pai Celestial.

Mesmo a testemunha verdadeira precisa de disciplina na comprovação. A verdade, quando é dita sem educação na palavra, pode piorar a situação dos ofendidos e ofensores. A imparcialidade é força da justiça  ambiente da dignidade.

O homem reto sente a assistência da honra na sua própria consciência.


A boca que desconhece a verdade está sujeita a fechar-se por imposição da justiça. A voz que serve à causa da integridade sente alegria no bem-estar alheio e nunca fala sem a certeza de que está ajudando.

O Espírito que alimenta a retidão jamais compartilha com a falsidade; ele é conhecido por onde se faz conhecer pelo proceder sem lisura. A alma insensata perde o valor para as criaturas que amam a justiça.

A falsa testemunha anda com um fardo sobremodo pesado nos ombros da consciência. A sua mente parece explodir quando se coloca no lugar do réu, que escuta suas mentiras. E pior é quem vende falsidade colocando o dinheiro acima da honra.

Retira de vez esses pensamentos negativos da mente e do coração. E, procuremos Cristo fora e dentro de nós, abramos as portas dos sentimentos para que o Mestre entre e fique para sempre; assim, o reino interno da alma tornar-se-á reino de Deus.

A testemunha mais feliz é aquela que dá a conhecer as suas próprias faltas.
 

(De “Gotas de Ouro”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos).

Colaboração de Devaldo de Souza

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Indício de Auto Iluminação




 
Indício de Auto Iluminação

Repara quantas algemas de fel podem ser quebradas à medida que vences resoluto tuas imperfeições seculares, sem que necessites digladiar-te com tuas próprias sombras.
Perceba que de maneira infinita Deus te ampara nas questões espirituais e te provê na manutenção dos bens materiais.
Diante de tudo que já possuis como herdeiro do altíssimo, reflete que Jesus que e’ um dos teus irmãos mais superiores, veio a Terra acolhido simplesmente pelo calor de uma estrebaria e voltou aos céus vestindo tão somente a porção inferior de uma roupa rasgada.


Desta maneira, sem te ligares ao comodismo, entendendo o que e’ supérfluo e o que necessário, compreenderás que para bem viver não e’ necessário viver bem segundo os conceitos do mundo.


Nenhum dos servidores que tenham optado pela fidelidade cristã receberam como imposição à miserabilidade aviltante, no entanto não fugiram aos processos provacionais que necessitavam viver rumo ao alto.


Jesus vestiu-se de humildade, calçou alpercatas, alimentou-se com o mínimo, mas, no entanto não impôs estes sacrifícios a seus irmãos.


De maneira honrada, declinou ósculo santo a Lívia Lentulia e Joana de Cusa, ambas senhoras aquinhoadas, tal como recebeu com o mesmo afeto Matheus Levi e José de Arimatéia, um cobrador de impostos e um príncipe do Sinédrio.
O esplendor dos céus pede ao servidor, muita humildade de atos, alguma de palavras e nenhuma de aparências.


Os que seguem a verdade, andam nela e nada precisam provar.


São humildes porque são probos.


São ricos porque são dadivosos.


São milionários porque são brandos e pacíficos.


Buda foi bafejado pela fortuna terrena e entendendo que necessitava abandonar as honrarias Păndavas, caminhou esposado pela mendicância .


Contudo somente mais tarde quando entendeu e trabalhou nas profundas e nobres verdades, iluminou-se no verdadeiro nirvana de sabedoria e paz.


Ghandi enquanto estudou na Inglaterra recebeu a rejeição de muitos, no entanto após sua auto descoberta e seus jejuns místicos em prol de outrem, tornou-se respeitado nas cátedras da real sociedade inglesa.


Chico Xavier foi descrito como ‘’simpático mistificador’’ no entanto o amor foi sua assinatura.


Krishina um mero esquecido de um dia, tornou-se avatar em outro.

Francisco da Úmbria, ridicularizado por uma pequena vila de camponeses tornou-se mais tarde a luz de Assis.


Maria, agredida e difamada em Madalena deixou de ser a endemoninhada prostituída, para conquistar a condição apostolar mais reconhecida por Jesus.


Pedro II expulso e ridicularizado e’ mais tarde lembrado como democrata e sábio.


Dr. Schweitzer visto como louco pela Europa deixa as teclas dos órgãos medievais pela poeirenta missão médica junto aos doridos da África Equatorial, até receber em 1952 o Nobel da Paz.


Tereza de Calcutá rotulada pelos irmãos de crença como comunista infame, torna-se a caridade corporificada candidata a canonização.


Tereza de Ávila tida como histérica e delirante pretensiosa, volita nas nuvens do bem e se faz interprete das almas perdidas do mundo.


Allan Kardec recebeu o reproche da sociedade científica francesa e não obstante ser o vaso escolhido para representar as notícias das vozes do grande além.


Jesus, ‘’batizado’’ pelos hipócritas como carpinteiro louco e revolucionário demoníaco, no auge de Sua trajetória terrena e’ açoitado e escarnecido, no entanto sobe aos céus nas asas da suprema bondade.


Ninguém sofreu mais a incompreensão dos homens-anões, que Jesus, O gigante da virtude.


E apesar de todo vilipêndio e de toda aparente derrota, fez-se luz bendita que brilha nos corações lhanezes afastados das vaidades.


Traído e perseguido, o Cristo manteve-se fiel a Sua doutrina de não violência.


Medico de almas, amparou corpos desnudos sob o frio da indiferença.
Psicólogo maravilhoso entendeu a ignorância reinante.
Diplomata do Pai intercedeu por todos nós.


Iluminado pelo próprio esforço iniciado em paragens muito distantes da Terra, e’ ainda hoje nosso modelo e guia.


Mão amiga, voz compassiva, água da vida chama-nos ao auto aperfeiçoamento e a compreensão do próximo.


Se teu mestre é Ele o anjo da renúncia, bata as alpercatas quando não te escutarem.


Ora quando não te entenderem.


Vigia quando a dúvida te procurar.


E ama quando aparentemente, nada mais restar.


Renuncia a alegria de sorrir com teus afins e sê fiel ao amor.

Abdica de seres reconhecido e amado enquanto caminhas no mundo e segue primeiro O mestre das oliveiras.


O Galileu te ama, assim como ama a tantos outros que não o reconhecem, mas que um dia também chegarão a Ele.

Angélica

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Fé em Deus


Cândido Casteliano de Lucena
 
Fé em Deus

A fé em Deus não te arredará das provas inevitáveis, mas te investirá na força devida para suportá-las;

não te afastará os obstáculos do caminho, entretanto, doar-te-á a significação de cada um deles, para que recebas, em silêncio, a mensagem de que são portadores;

não impedirá o afastamento dos companheiros a que mais te afeiçoas, nos encargos que te marcam a vida, todavia, conceder-te-á energias e recursos para substituí-los, até que surjam outros cooperadores decididos a apoiar-te;



não te livrará da enfermidade de que ainda precises, no entanto, iluminar-te-á o entendimento para que lhe assimiles o recado salutar;



não te retirará dos desenganos e decepções que o mundo te propicie, mas auxiliar-te-á a extrair deles mais luz ao próprio discernimento;



não te desligará do parente difícil, porém, ajudar-te-á a aceitá-lo e compreendê-lo em teu próprio benefício;



não te proibirá as quedas prováveis nas trilhas da existência, no entanto, ensinar-te-á, através da própria dor, onde se encontram as situações que te cabe evitar, em auxílio a ti mesmo;



não te demitirá dos problemas que, porventura, te ameacem a paz, contudo, dar-te-á serenidade para resolvê-los com segurança;

não te buscará nos labirintos de ilusão, nos quais talvez hajas penetrado, impensadamente, entretanto, clarear-te-á o raciocínio para te libertares;



a fé em Deus, por fim, não te mudará os quadros exteriores de luta, mas infundir-te-á paciência a fim de que compreendas em todos eles os degraus de elevação, de que necessitas, para escalar os cimos da vida imperecível.

 

Emmanuel

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Benignidade


Janaina

 

Benignidade


“Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também DEUS em Cristo vos perdoou” - PAULO (Efésios, 4:32.).




Meditemos na Tolerância Divina, para que não venhamos a cair nos precipícios da violência.



Basta refletir na desculpa incessante do Céu às nossas fraquezas e crueldades, à frente do Cristo, para que abracemos a justa necessidade da compaixão infatigável uns para com os outros.


Sérgio


Desce Jesus da Espiritualidade Solar, dissipando-nos a sombra. Negamos-lhe guarida. O Supremo Senhor, porém, não nos priva de Sua Augusta Presença.



O Divino Benfeitor exemplifica o Amor incondicional, sanando-nos as mazelas do corpo e da alma, a ensinar-nos a bondade a renúncia como normas de justa felicidade; contudo, recompensamo-lo com a saliva do escárnio e com a cruz da morte. A Infinita Sabe
doria, no entanto, não nos recusa a herança do Seu Evangelho renovador.

CÂNDIDO CASTELIANO DE LUCENA


Em nome do Mestre Sublime, protótipo do Amor e da Paz fizemos guerras de ódio, acendendo fogueiras de perseguição e extermínio; todavia, o Altíssimo Pai não nos cassa a oportunidade de prosseguir caminhando no tempo e no
espaço, em busca da evolução.



Reflete na magnanimidade de D
eus e não coleciones desapontamentos e mágoas, para que o bem te encontre à feição de canal seguro e limpo.

Cândido Casteliano de Lucena


Guardar ressentimento e vingança, melindre e rancor, é o mesmo que transformar o coração num vaso de fel.



Segundo a advertência do Apóstolo Paulo, usemos constante benignidade uns para com os outros, porque somente assim viveremos no clima de Jesus, que nos trouxe à vida a ilimitada com
paixão, e o auxílio incessante da Providência Celestial.

Emmanuel

Do livro Palavras de Vida Eterna, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Kardec e os Detratores


Allan Kardec
 
Kardec e os Detratores

Comumente encontrarmos, aqui e ali, ferrenhos opositores dos postulados espíritas. Embebidos de um forte sentimento de repulsa, lançam mão de diversos argumentos para afirmarem que o Espiritismo é "coisa" do demônio, para pessoas leigas, de gente "bitolada". De modo agressivo, tentam dissuadir-nos da crença na reencarnação, na mediunidade, na multiplicidade de mundos habitados...


Muitas vezes nos ofendemos com tais pessoas e sentimos um forte desejo de sair em defesa, criticando-lhes os pontos de vista, os absurdos bíblicos, o materialismo cego, o egocentrismo desmedido e tantas fórmulas esdrúxulas de que se utilizam. Todavia, procedendo assim longe estaremos de nos diferenciarmos desses irmãos, assumindo postura semelhante.
Nesses momentos de descontentamento, a figura do Mestre Lionês deve ser o nosso exemplo.


Sempre procurado por diverso tipo de pessoas e submetido a toda sorte de perguntas, nunca se exacerbou, deixando que o descontrole dele tomasse conta.


Quando percebia no questionador o propósito único de depreciar a imagem da Doutrina, argumentava, ponderado, que nenhum interesse tinha em submeter-se aos seus caprichos, pois o objetivo do Espiritismo não é criar prosélitos, mas sim, levar aqueles de crença sincera a buscarem o melhor para si próprios. Embora muitos fossem homens de notável cultura, não se preocupava em convencê-los, compreendendo as necessidades de cada um e respeitando as suas convicções.


Ao sentir no opositor um fanático religioso, ouvia-o com atenção e em momento algum lançava mão de argumentos ofensivos, respondendo a contento as perguntas propostas e esclarecendo ao interlocutor os pontos doutrinários espíritas, sempre brando e enérgico, nunca agressivo e submisso.


Se buscado por aqueles que nada tinham contra a Doutrina e que se imbuíam de um desejo verdadeiro de aprender, com a mesma paciência e disposição prestava esclarecimentos e, caso solicitado, encaminhava estes a um estudo mais sério e detido das manifestações, levando-os à compreensão que ele mesmo já havia logrado.


Portanto, se pretendemos a defesa doutrinária do Espiritismo, a única forma de não sucumbirmos é seguir as pegadas de Kardec. Ao invés de retribuirmos a ofensa com o desequilíbrio, devemos ser firmes em realçar as verdades espíritas sem, contudo, condenar as "verdades" que esta ou aquela pessoa queira nos impor, deixando que o tempo se encarregue de fazê-las enxergar seus equívocos.


E, caso não nos seja suficiente toda essa argumentação, ouçamos o próprio Allan Kardec a dizer: "Quando uma coisa é má, todos os elogios não a tornarão boa. Se o Espiritismo é um erro, ele cairá por si mesmo; se é uma verdade, todas as diatribes não farão dele uma mentira." (O Que é o Espiritismo, cap. I, pág. 16, ed. IDE).

Pedro Camilo

sábado, 25 de janeiro de 2014

Na Assistência Social


 

 

Na Assistência Social


Aproximar-se do assistido, encontrando nele uma criatura humana, tão humana e tão digna de estima quanto os nossos entes mais caros.



Em tempo algum, agir sobrepondo instruções profissionais aos princípios da caridade genuína.



Amparar sem alardear superioridade.



Compreender que todos somos necessitados dessa ou daquela espécie, perante Deus e diante uns dos outros.

Colocar-nos na situação difícil de quem recebe socorro.

Dar atenção à fala dos companheiros em privação, ouvindo-os com afetuosa paciência, sem fazer simultaneamente outra cousa e sem interrompê-los com indagações descabidas.



Calar toda observação desapiedada ou deprimente diante dos que sofrem, tanto quanto sabemos silenciar sarcasmo e azedume junto das criaturas amadas.

Confortar os necessitados sem exigir-lhes mudanças imediatas.



Ajudar os assistidos a serem independentes de nós.



Respeitar as idéias e opiniões de quantos pretendemos auxiliar.



Nunca subordinar a prestação de serviço ou benefício à aceitação dos pontos de vista que nos sejam pessoais.



Conservar discrição e respeito ao lado dos companheiros em pauperismo ou sofrimento, sem traçar comentários desprimorosos em torno deles, quando a visita for encerrada.

 

André Luiz

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Quando o sofrimento nos fere…

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Quando o sofrimento nos fere…
 
Existem pessoas que, quando violentadas pelo sofrimento, se tornam revoltadas, agredindo aos que vivem ao seu redor, como a se desforrar da dor que as esmaga.
Outras existem que se tornam amargas, alheias ao entorno, não se importando com nada mais senão sua própria dor. Para essas o mundo é cinza, sombrio, nada apresentando de bom.

A vida perdeu o brilho e vivem a rememorar os padecimentos suportados, chegando, por vezes, a se tornarem pessoas de difícil convivência, pela constância das lamentações.
Mas, outras têm o condão de transformar as experiências dolorosas em ações altruístas e humanitárias.
Recordamos da atriz belga Audrey Hepburn. Filha de um banqueiro britânico irlandês e de uma baronesa holandesa, descendente de reis ingleses e franceses, tinha nobreza no sangue.
Foi a terceira maior lenda feminina do cinema, a quinta artista e a terceira mulher a ganhar as quatro principais premiações do entretenimento norteamericano, o EGOT, ou seja, o prêmio Emmy, o Grammy, o Oscar e o Tony.
Quando tinha apenas nove anos, seus pais se divorciaram. Para mantê-la afastada das brigas familiares, sua mãe a enviou para um internato na Inglaterra.
Audrey se apaixonou pela dança e estudou balé. Contudo, com o estourar da Segunda Guerra Mundial, tendo a Inglaterra declarado guerra à Alemanha, tudo se modificaria na sua vida.
Sua mãe, temendo bombardeios na Inglaterra, levou Audrey, sob protestos, para a Holanda. No entanto, com a invasão nazista, a vida da família foi tomada por uma série de provações.
Para sobreviver, muitas vezes, Audrey precisou se alimentar com folhas de tulipa.
Se ela sofria, e outras tantas pessoas sofriam, ela precisava fazer algo. Envolveu-se com a Resistência e viu muitos dos seus parentes serem mortos em sua frente.
Para angariar fundos, ela participou de espetáculos clandestinos, aproveitando para levar mensagens em suas sapatilhas.
Com o final da guerra, a organização que daria origem, posteriormente, à UNICEF, chegou com comida e suprimentos, salvando a vida de Audrey.
Ela jamais esqueceu isso e, em 1987, deu início ao mais importante trabalho de sua vida: o de embaixatriz da UNICEF. Essa tarefa foi extremamente facilitada, graças ao domínio de cinco idiomas: francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol.
Ela passou seus últimos anos em incansáveis missões pela UNICEF, visitando países, dando palestras e promovendo concertos em benefício de causas humanitárias.
Dizia ter uma dívida para com a UNICEF, por ter tido salva a sua vida. E, dessa forma, tentava resgatá-la.
Sim, as dores podem ser as mesmas. A maneira pela qual cada um as recebe difere e isso confere felicidade ou infelicidade.
Alguns se engrandecem na dor, outros se apequenam e se infelicitam.
A decisão é pessoal. Aprendamos com os bons e salutares exemplos.
Ninguém vive sem sofrer. Façamos das nossas agruras motivos de engrandecimento próprio.
 
Redação do Momento Espírita, com base
em dados biográficos de Audrey Hepburn.
Em 23.9.2013.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Gabriel Delanne



Gabriel Delanne
 
Gabriel Delanne

(1857 – 1926)


GABRIEL DELANNE, discípulo e continuador da obra de Kardec. Reencarnou em Paris, França, no dia 23 de Março de 1857; desencarnou em 15 de fevereiro de 1926, com 69 anos de idade.



Engenheiro Eletricista (que hoje se denomina Eletrotécnico), formado pela Escola de Artes e Ofícios.



Seu pai, Alexandre Delanne, foi contemporâneo e companheiro de Allan Kardec e, por ocasião da desencarnação deste, foi quem falou à beira do túmulo, em nome dos espíritas dos centros distantes.



Alexandrina Delanne, sua mãe, segundo nos relata Canuto Abreu, foi uma das médiuns de Allan Kardec.



Gabriel Delanne foi, pois, espírita “de berço”. E se fez o mais destacado valor da parte experimental e uma das maiores figuras da história do Espiritismo, até os dias de hoje.

Ninguém o suplantou.



O Dr. Canuto Abreu se ufanava por ter conhecido e convivido pessoalmente com Gabriel Delanne. Freqüentou sua casa, que era, diz Canuto, “também sede duma sociedade espirítica. Assisti a trabalhos por ele presididos. Ouvi suas lições práticas. Suas longas e cintilantes narrativas. Suas discussões, em que às vezes erguia a voz, exaltado pela convicção posta em dúvida, e logo a baixava, sorridente, ao perceber a porta do misticismo, que detestava como cientista.”



“Ninguém”, dia João Teixeira de Paula, “mais e melhor do que Delanne se importou com a magna questão de se saber quando um fenômeno é anímico ou estritamente espirítico. Nem Alexandre Aksakoff, cuja distinção entre um fenômeno e outro é algo confusa e contraditória, nem Ernesto Bozzano, que se limitou a mostrar que o Animismo prova o Espiritismo – estudaram, com tanta abundância de exemplos, comparações, restrições e cessões, o que é o Animismo.”

Gabriel Delanne foi presidente da “Union Spirite Française”, onde fundou, em 1884, “Le Spiritisme”, e foi o seu representante no Congresso Espírita de Bruxelas, Bélgica, desse mesmo ano (1884); foi Presidente da “Société Française d´Études des Phénomènes Psychiques”, onde, também, fundou, em 1897, e dirigiu, a “Tribune Psychique”; foi membro do Comitê do Instituto Metapsíquico Internacional, e membro honorário da “Société d´Études Psychiques de Nancy”.



Em 1882, juntamente com Leymarie participou da assembléia que fundou a Federação Espírita Francesa e Belga.

Em 1896 fundou a “Revue Scientifique et Morale du Spiritisme”, da qual foi o seu Diretor e, em 1898, apresentou, no Congresso Espiritualista de Londres, extensa “memória”.



Em 1897, fundou “La Tribune Psychique”, órgão da “Société Française d´Études des Phénomènes Psychiques”.

O seu primeiro livro – “Le Spiritisme devant la Science”, foi publicado por Librairie Dentu, de Paris, em 1883, ‘in’ 18, 472 pp.; vertido para o espanhol, “El Espiritismo ante la Ciência”, Barcelona, 1886, Ed. El Cortijo, e traduzido, por Carlos Imbassahy, para o português, ed. FEB – Federação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, 1ª. ed. 1939, 365 pp.

A seguir publicou:



“Le Phénomène Spirite”. Testemunho dos sábios. Estudo histórico. Exposição metódica de todos os fenômenos. Discussão das hipóteses. Conselho aos médiuns. A teoria filosófica. Paris, Chamuel, 1893, ‘in’ 12, 296 pp. Obra traduzida para o português pelo Marechal Francisco Raymundo Ewerton Quadros, ed. FEB – Federação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, 1951, 1ª. ed. 276 pp.



“L´Évolution Animique”. Ensaio de psicologia fisiológica segundo o Espiritismo. Trata da força vital, do perispírito, da força nervosa psíquica, do amor conjugal, do inconsciente psíquico, do sonambulismo provocado, da obsessão e da loucura, etc. Chamuel, Paris, 1897, ‘in’ 18, 368 pp. Versão castelhana, de J. Torrens, “La Evolución Anímica”, Barcelona, 1899, e traduzida para o português por M. Quintão, ed. FEB – Federação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, 1938, 1ª. ed. 288 pp.



“Recherches sur la Mediumnité”. Investigações sobre a mediunidade. Paris. 1898.



“L’Âme est Immortelle”. Demonstração experimental. Chamuel, Paris, 1899, ‘in’ 18, 468 pp. Traduzida para o português , por Guillon Ribeiro, ed. FEB – Federação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, 1901, 1ª. ed. 314 pp.



“Le Périsprit”, Paris Chamuel, 1899.



“Documents pour servir à l´étude de La Reincarnation”. Éditions de La B.P.S., Paris, 1924. – Posteriormente foi titulada “La Reincarnation” Editions de La B.P.S. , Paris, 1924., 1ª. ed. 408 pp. Traduzida para o português – Reencarnação – por Carlos Imbassahy, ed. FEB – Federação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, 1940, 1ª. ed. 323 pp.



“Le Magnetisme Animal”.



“Les Vies Sucessives”. Memória apresentada ao Congresso Internacional de Londres. Traduzida para o espanhol por Victor Melcior y Farré, com prefácio de Quintín Lopes Gomes, Barcelona, 1898, Est. Tip. de Juan Torrens, 127 pp.



“Les Apparitions Matérialisées des Vivants et des Morts”, Librairie Spirite – Leymarie Editeur, Paris, França, 1909, Tomo I – “ Les Fantômes de Vivants”, 1ª. ed. 527 pp. Tomo II, 1911.



Na construção das suas obras, na ordenação das suas deduções, em todas as suas exposições, ressalta o senso da precisão científica, o respeito pela verdade demonstrada, a necessidade racional de apoiar a afirmação no testemunho concreto.

Na notável e extensa memória que apresentou ao Congresso Espiritualista de Londres, em Junho de 1898, dizia Delanne que a Providência fizera surgir missionários em todas as nações para pregarem a moral eterna: Confúcio, Buda, Zoroastro, Jesus, são as grandes vozes que ensinaram uma doutrina idêntica sob diversos aspectos.



São dessa Memória as seguintes conclusões:



1. O ser vivo não é realmente senão uma forma em que passa a matéria.



2.A conservação dessa forma é devida ao princípio inteligente revestido de uma certa substancialidade.



3.Tanto em relação ao animal como em relação ao homem, a conservação dessa forma tem lugar depois da morte.



4.As modificações moleculares nesses invólucro são indestrutíveis.

5.A repetição dos mesmos atos, físicos, ou intelectuais, tem resultado torná-los fáceis, depois habituais, depois reflexos, isto é, automáticos e inconscientes (Não sendo os instintos senão hábitos, de milhões de anos seculares).



6.A série dos seres organizados é fisicamente contínua tanto atualmente como no passado.



7.As manifestações do instinto, depois mais tarde, da inteligência, em todos os seres vivos, são graduais em seu conjunto e intimamente ligadas ao desenvolvimento dos organismos.

8.O homem resume e sintetiza todas as modalidades anatômicas e intelectuais que existiram na Terra.



9. Os fatos de observação estabelecem a reminiscência de estados anteriores nos animais e a recordação das precedentes vidas no homem.



10.Finalmente, certos Espíritos predizem a sua volta a este mundo e outros afirmam as vidas sucessivas.



Das obras referidas, a FEB – Federação Espírita Brasileira publicou, em nosso idioma, cinco delas:



A alma é imortal. Tradução de Guillon Ribeiro, 1901.



A evolução anímica. Estudos sobre psicologia fisiológica. Tradução de Manuel Quintão – FEB, 1938. 1ª. edição, 288 pp.

O espiritismo perante a ciência. Tradução de Carlos Imbassahy. FEB, 1939. 1ª. edição, 365 pp.



Reencarnação. Tradução de Carlos Imbassahy. FEB, 1940, 1ª. edição, 323 pp.



O fenômeno espírita. Tradução de Francisco Ewerton Quadros, 1ª. edição, anotada pela FEB, 1951.



Dedicando-se integralmente ao Espiritismo, viveu dos direitos autorais dos seus livros. Sua vida foi paupérrima, sob esse aspecto. Sob o ponto de vista físico, teve grave incapacidade: paralítico e cego, porém sempre lúcido. Por tal razão seu “último trabalho, que ditou, foi lido na sessão inaugural do Congresso Espírita Internacional, realizado em Paris, no dia 7 de Setembro de 1925”.

Revista ICESP